A vice-presidente da Câmara Municipal de Parnamirim, vereadora Rárika Bastos (Republicanos), levantou críticas sobre o início da gestão da prefeita Nilda Cruz (Solidariedade). A parlamentar destacou a falta de ações efetivas que transmitam segurança à população, enfatizando a necessidade de clareza e planejamento no governo.
“Em menos de 20 dias, já enviei quase 12 ofícios à prefeitura. Precisamos sentir segurança na gestão logo nos primeiros dias. A prefeita precisa se posicionar como gestora”, cobrou Rárika, que está em seu primeiro mandato na Câmara. A parlamentar ressaltou que o governo ainda está em um momento de transição e que falta uma sinalização de prioridades.
Em entrevista à rádio Cidade, Rárika comparou o início de gestão de Nilda Cruz com o de Jaime Calado (PSD), em São Gonçalo do Amarante, destacando a firmeza do ex-prefeito nos primeiros dias de sua administração. Jaime é ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e governou anteriormente São Gonçalo por dois mandatos consecutivos, enquanto Nilda Cruz é professora, foi vereadora de um mandato e assume agora o desafio de governar a terceira maior cidade do Estado.
“Os primeiros atos públicos que ele estabeleceu, os primeiros decretos, foram de uma gestão que transmitia segurança. A população precisa sentir que há um rumo definido”, disse.
A vereadora também abordou questões que demandam atenção imediata da gestão. Entre os temas, Rárika destacou a necessidade de atualizar o Plano Diretor de Parnamirim, desatualizado desde 2013, e apontou a importância de dados para a elaboração de políticas públicas. “Como é que você vai pensar uma cidade se ela não tem dados? Hoje temos a ausência desses exercícios, seja na segurança pública, seja na prevenção de risco a desastres, seja na questão climática”.
A parlamentar anunciou que pretende apresentar um projeto para regulamentar o processo de transição entre governos municipais, classificando o atual modelo como desorganizado e pouco eficiente. “Nós vamos apresentar uma proposta para o regramento da transição de governo. A ausência de normas e prazos deixou a população em meio à incerteza”, declarou.
Apesar das críticas, Rárika Bastos expressou sua disposição para colaborar com a gestão municipal. “Espero que possamos trabalhar a cidade de maneira integrada, com base em dados e demandas reais. Parnamirim precisa se posicionar como a segunda maior cidade da região metropolitana e assumir um protagonismo que até agora não vemos”.