O influenciador paraibano Hytalo Santos foi preso nesta sexta-feira 15 em São Paulo, investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por exploração e exposição de menores de idade em conteúdos nas redes sociais. O caso ganhou repercussão após denúncias do youtuber Felca sobre a “adultização” de crianças e adolescentes.
Desde o dia 6, quando Felca citou Hytalo em vídeo, medidas judiciais foram tomadas na Paraíba, incluindo o bloqueio do acesso do influenciador às redes sociais e a desmonetização de seus conteúdos. A Justiça também proibiu que ele mantivesse contato com os adolescentes investigados.
Na quinta-feira 14, a Polícia apreendeu um computador e celulares na residência de Hytalo em João Pessoa. Um mandado anterior, na quarta-feira 13, não havia sido cumprido porque o imóvel estava fechado.
A defesa de Hytalo afirma que ele desconhecia a execução do mandado, nega todas as acusações e se colocou à disposição da Justiça para esclarecimentos. Segundo os advogados, ele “jamais compactuou com qualquer ato atentatório à dignidade de crianças e adolescentes”.
As investigações do MPPB começaram em 2024 e envolvem dois processos distintos:
- Bayeux: conduzido pela promotora Ana Maria França, apura denúncias de vizinhos de que adolescentes participavam de festas com bebida alcoólica e topless.
- João Pessoa: coordenado pelo promotor João Arlindo, investiga a possível emancipação de menores em troca de presentes, como celulares, para suas famílias.
O MPT também investiga Hytalo, analisando mais de 50 vídeos e colhendo mais de 15 depoimentos relacionados à produção de conteúdo digital envolvendo menores.
Hytalo Santos permanece à disposição da Justiça enquanto as apurações seguem.