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Casos crescentes de picada de escorpião acendem alerta; saiba como agir

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Casos crescentes de picada de escorpião acendem alerta; saiba como agir

A presença de escorpiões em ambientes urbanos está se tornando uma preocupação crescente no Brasil. Um estudo realizado por pesquisadores das universidades Estadual Paulista (Unesp), de São Paulo (USP), Estadual do Amazonas (UEA) e Federal de Roraima (UFRR) aponta que os acidentes com esses aracnídeos aumentaram mais de 150% entre 2014 e 2023, totalizando 1.171.846 casos notificados.

Publicada em maio no periódico Frontiers in Public Health, a pesquisa revela que as projeções para os próximos anos são ainda mais alarmantes: mais de 2 milhões de ocorrências devem ser registradas entre 2025 e 2033. Mas, segundo os pesquisadores, o número real pode ser ainda maior, já que muitas vítimas não procuram atendimento médico após a picada.

Uma das espécies mais perigosas é a Tityus serrulatus, conhecida como escorpião-amarelo. “A presença dessa espécie está mais associada aos quadros graves”, alerta a coordenadora do estudo, Manuela Berto Pucca, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp em Araraquara (SP). “O escorpião-amarelo tem reprodução assexuada, o que permite um crescimento populacional rápido e independente da presença de machos.”

Outro fator que contribui para a disseminação dos escorpiões é a facilidade de adaptação ao ambiente urbano, onde há escassez de predadores naturais — galinhas, lagartos, corujas e sapos, por exemplo. A situação se agrava nos meses mais quentes e úmidos, períodos em que esses animais se tornam ainda mais ativos.

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