Rogério Marinho critica anúncio do país entrar na Opep durante evento da COP 28

O senador Rogerio Marinho (PL-RN) manifestou, em pronunciamento na terça-feira (5), preocupação com as “políticas ambientais equivocadas e a visão geopolítica ultrapassada do governo”. O senador criticou o anúncio de que o Brasil se juntaria à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) durante Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 28. Marinho afirmou ser contra essa decisão e ressaltou a incoerência de o governo comunicar a participação do país na Opep em uma conferência focada no meio ambiente. 

“A Opep é uma organização constituída por países que produzem petróleo e que têm, na verdade, um cartel constituído de forma organizada para controlar os preços dessa commodity importante e influir, de forma negativa, na economia mundial. E cartel é crime. O Brasil não pode compactuar com o crime. E o Presidente da República [Lula] não pode levar o país a ser cúmplice de um crime internacional. E dito isso na conferência do clima, o que é, no mínimo, uma piada pronta”, criticou.

O parlamentar também disse ter dúvidas quanto à eficácia dessa abordagem e questionou o argumento de que o Brasil convenceria outros países como Arábia Saudita e Rússia a abandonarem a produção de petróleo em favor de transições energéticas mais limpas.

Marinho ainda destacou a necessidade de o Brasil adotar um binômio de desenvolvimento sustentável. Na opinião do parlamentar, a agricultura brasileira enfrenta resistência internacional por razões equivocadas e mencionou o posicionamento do presidente Macron, da França, contra o acordo entre a União Europeia e o Mercosul.

“A afirmação que ele faz é que ele não iria prejudicar os seus agricultores, agricultores franceses que ele deve, na verdade, defender, mas que têm uma agricultura arcaica, que não pode competir com a agricultura brasileira, que tem produtividade, proficiência, tecnologia e é ambientalmente adequada. E é por isso que a nossa agricultura é combatida e colocada como vilã no mundo, porque o Brasil tem uma economia complementar às maiores economias do mundo. É por essa razão que temos as oportunidades de crescimento que estão sendo perdidas por um governo que está tomado por um viés ideológico”, avaliou.

Agência Senado

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