Lar dos bares, pubs, das principais cervejas e de alguns dos bebuns mais famosos do mundo, a Inglaterra inovou de novo quando o assunto é ficar bêbado. Desta vez, porém, os clientes não bebem – e sim respiram o álcool em forma de vapor.
Localizada na capital Londres, a balada Alcoholic Architecture usa potentes umidificadores para vaporizar gim-tônica na galera da pista de dança.
Uma hora é equivalente a aproximadamente um drink. “E vai direto para a corrente sanguínea, sem passar pelo fígado”, explica Sam Bompas, um dos designers do projeto, em entrevista à agência AP.
Os clientes absorvem o álcool involuntariamente não só pelo nariz, mas também pelos olhos e pela pele. Antes de entrar, cada um recebe um poncho de plástico, bem parecido com uma capa de chuva descartável. “Acho que a última vez que fiz algo semelhante foi quando quebrei uma garrafa de vodka na sauna”, disse o consumidor Tom Foreman.
Médicos não recomendam
Um dos idealizadores, Bompas não comete um equívoco quando diz que o seu bar é melhor por que seu drink faz as pessoas ficarem mais bêbadas. Entretanto, de acordo com o psiquiatra William Shanahan, do hospital de Nightingale, o Alcoholic Architecture é uma (perigosa) ideia de “espertões”.
“O álcool desta forma evita passar pelo processo todo de metabolismo, no fígado, e vai direto para o cérebro, o que faz da inalação algo muito mais perigoso do que o usual. A intoxicação também é muito mais rápida, há ainda a possibilidade de causar sérios danos cerebrais”, alertou.
Especialista em alcoolismo no hospital de Roehampton, o doutor Niall Campbell foi ainda mais direto em relação à nova moda londrina: “A última coisa de que esse país precisa é uma nova maneira de ingerir álcool.”